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Análise / Review: Galactic Arms Race

Galactic Arms Race é um ARPG na pele de um shooter espacial com perspectiva 2,5D, com suporte a multiplayer de até 32 jogadores – cooperativamente ou não.

O jogo possui um sistema único de armas, onde todas são partículas, e o jogo não só promete que as armas geradas são únicas, como também tem um sistema inteligente de geração de armas guiado pela preferência do jogador. Parece legal, não?

Ficha Técnica

Gênero ARPG (Action Role-Playing Game)
Desenvolvedora Evolutionary Games
Publicadora Evolutionary Games
Cooperativo Online 32 jogadores
Cooperativo em Rede Local 32 jogadores
Cooperativo Local Sem suporte
Data da lançamento 31/05/2014
Data da análise 02/03/2013

Requisitos Mínimos

Processador Core 2 Duo
Memória 256 MB
Espaço em Disco 160 MB
Direct X 9.0c

Enredo

Você é parte do Exército da Federação Sol, e tem a missão de trazer civilização para Cygnus, um dos setores mais perigosos da galáxia.

Não é uma tarefa nada fácil – visto que em seu caminho existem piratas, e os alienígenas da raça Xindo.

A grande motivação por detrás dessa disputa espacial é a busca por Neuralium – o isótopo que combinado, gera armas únicas por todo universo.

O enredo é muito simples, mas suficiente pra um jogo de ação espacial.

Progressão

Como de se esperar, o jogo possuí sistema de nível e créditos (dinheiro). Para passar de nível, basta matar inimigos e completar missões.

As missões são lineares – o jogo possui apenas uma corrente de quests, que pode ser seguida pelo jogador. Ao terminar uma quest, a próxima já é aceita e já está ativa automaticamente.

Além de fornecerem recompensas em créditos e XP, essas missões também server para aumentar ranking, que efetivamente serve para aumentar o limite de nível do jogador, portanto não é possível ignorá-las para progredir.

Ao passar de nível, você ganha um ponto de mod, que poderá ser utilizado para aumentar estatísticas de suas naves. Para instalar um mod, você deve ir até uma estação espacial.

Outra forma de progressão são os itens instalados – você possui 7 slots de itens, e cada slot é para um tipo de componente e possui um nível. Componentes de nível maior, naturalmente, são melhores. Você poderá encontrar componentes destruindo inimigos no espaço.

Dinheiro você utilizará para reparar sua nave nas estações (que regenera tudo sozinha, mas demora, em especial em níveis mais altos), arcar com custos ao morrer, instalar mods, mas principalmente, trocar de nave.

Em cada sistema que você visitar, você encontrará duas naves diferentes à venda. Quanto maior o nível do sistema, melhores as naves serão (e mais caras, claro). O preço de sua nave atual é abatido no preço da nave nova, reduzindo um pouco o custo final. Trocar de nave melhora todos os stats, praticamente, portanto faça sempre que possível.

Além disso, na própria tela de comprar nave, você notará que poderá comprar Warhead Launcher e Autonomous Drone. Warhead Launcher poderá ser comprado a partir do nível 50, e te dará uma arma extra, que solta um míssil que utiliza de neuralium como munição, e possui um cooldown de 30 segundos.

Autonomous Drone, liberado a partir do nível 100, é um drone que fica vagando próximo de sua nave e ataca utilizando o mesmo isótopo que você, exceto pelo fato de sair apenas 1 projétil dele ao invés de 3. Em teoria, seria algo que aumentaria seu DPS em 33%, mas na prática é um tanto distante disso, já que ele vaga e atira de ângulos bem diferentes do seu.

Falta falar de Neuralium! Ao destruir certos oponentes, você encontrará Isótopos de Neuralium – quando há um isótopo no espaço, você o verá atirando sem parar, mas não se preocupe – é apenas visual, e serve para permitir ao jogador saber como funciona o isótopo.

Você poderá ou equipar o isótopo em um dos seus 3 slots de arma (derrubando no chão o isótopo antigo), ou então, você poderá dar Scrap nele, destruindo-o e ganhando Neuralium. Este neuralium é usado para alimentar Warheads, como falando anteriormente, e também utilizado no laboratório de armas para modificar isótopos.

Caso esteja com os 3 slots de arma ocupados, pode ir até uma estação espacial e ir na opção Scrap Gun, que irá destruir sua arma atual e converter em créditos a mesma – apenas cuidado para não destruir a arma errada…

Também é possível guardar isótopos no banco – onde você poderá guardar até 3 isótopos.

Ok, estou enrolando – falta falar do weapons lab. Pra ser bem sincero, parece que você precisa ser um PhD em Química Orgânica ou Física Nuclear pra saber utilizar esse sistema.

Brincadeiras a parte, é deveras complexo e pouco intuitivo – você pode aumentar e reduzir valores em linhas que ligam pontos que presentam valores da arma. É um sistema que deve levar muito tempo para ser bem utilizado, e pode render um bom tempo de estudo e diversão.

Mas você não precisa mexer nisso para ter acesso a armas melhores – afinal, o jogo conta com um sistema complexo (cgNEAT) que vai automaticamente gerar isótopos para você baseando-se em suas armas favoritas (armas que você mais usar).

Ressalto que armas não definem dano, ok… são componentes visuais, em primeiro lugar, e determinam a funcionalidade da arma. Por via de regra, são 3 projéteis atirados, e o dano deles variará conforme sua nave, seus mods e seu reator (item). O isótopo serve para determinar o ponto de saída, a trajetória, o comportamento dos projéteis atirados.

Os saves entre single e multiplayer são separados – a única coisa compartilhada entre ambos são os isótopos (armas equipadas e banco).

Jogabilidade

O jogo combina elementos de shooters clássicos, ARPGs e jogos de aventura espacial em mundo aberto, numa visão top-down em 2.5D. Confesso que no primeiro minuto de jogo eu não entendi nada, apanhei pra jogabilidade por cerca de 10 minutos, e horas depois eu já estava bem familiarizado (e viciado).

Você utilizará WASD para movimentar a nave, e as teclas Q e E para rotacionar a nave. É a parte mais complicada para se acostumar, o fato do jogo não possuir mouselook. Mas essa jogabilidade permite a você atirar livremente com o mouse, para todas as direções, e isso ajuda muito na dinâmica do jogo.

O restante é muito tranquilo: Barra de espaço é o “teleporte”, e deve ser segurado para aumentar o alcance. Possui cooldown de 1 minuto, e tanto o cooldown quanto a distância podem ser melhorados através de mods. Quando tem cooldown longo deve ser usado para emergências, mas quando investe-se nele, mas após alguns ups pode-se usar com bastante frequência para agilizar a mobilidade.

Para trocar de armas, você pode usar as teclas 1/2/3 para selecionar os respectivos slots, ou o scroll do mouse para alternar sequencialmente. A tecla F lançará Warheads (nível 50). Todas as teclas podem ser remapeadas facilmente.

No mais, é tudo no mouse: botão esquerdo para atirar e afetar a interface, botão direito para abrir menus em objetos.

Como dá pra ver jogabilidade é simples, só não é muito amigável pela questão de rotacionar a nave pelo teclado, mas como falei a princípio, nada que o tempo não resolva.

No jogo, é tudo fácil: atirar nos inimigos, desviar quando der, fazer as missões. Bem linear, sem qualquer dúvida. Os projéteis da sua arma irão destruir projéteis inimigos, portanto utilize isso a seu favor, e use isso como critério na hora de escolher sua arma.

O jogo é dividido em setores – você começará em Cygnus Alpha, uma área para nível 1~5. Em cada sistema, você encontrará JumpGates para mudar para outro sistema. Para não se perder nisso, lembre se checar o mapa da galáxia.

Neste mapa, será possível ver todos os sistemas, bem como o nível deles. Em multiplayer, também será possível ver quantos jogadores estão em cada sistema.

Arte

Gráficos e interface

O jogo possui gráficos muito simples. Mal dá pra ver a sua própria nave, em função da câmera do jogo. A variação de inimigos também é muito pequena.

O cenário é simples, mas não é feio – mas convenhamos, é muito fácil fazer um espaço sideral bonito.

Sem dúvida, o maior eye candy do jogo são os isótopos, com muitas cores e formas.

Sons e música

O jogo possui uma trilha de músicas eletrônicas, que combina bem com a atmosfera sci-fi espacial, e pode ser facilmente desativada com um botão na interface principal do jogo, caso você deseje ouvir o silêncio do espaço (ou uma música de outro lugar).

Os sons são muito enjoativos… nossa. É um pew pew pew sem parar, com pouquíssima variação, mas se não tivesse isso, não seria um shooter espacial.

Cooperativo

Você deve inicialmente selecionar o servidor em que deseja jogar. O limite de players máximo é 32 jogadores, mas pode ser menor conforme o servidor.

No multiplayer pouca coisa muda – a chain quest é a mesma, os sistemas são os mesmos. Você poderá usar a tecla ENTER para mandar uma mensagem a todos do servidor.

A partir do nível 40, entrando num sistema com PvP, você poderá acertar a nave de outros jogadores (propositalmente ou não). Caso deseje jogar cooperativamente então, deverá formar um esquadrão com o jogador, digitando /invite nomedojogador ou /i nomedojogador. Para sair de um esquadrão, basta digitar /leave ou /l.

Arena

Outro recurso do multiplayer é que a cada 15 minutos há o combate num sistema chamado Arena. A cada 5 minutos há uma pausa entre os eventos de combate.

Apertando a tecla ESC você poderá listar o nome de todos os jogadores ativos no servidor, bem como seus níveis, quantidade de jogadores que matou e escore de arena.

Servidor

Cado deseje ser um host, precisará baixar o Servidor Dedicado do jogo – que não tem nem um mega, e pode rapidamente ser baixado aqui.

Veredito

Galactic Arms Race é um jogo viciante, que mistura elementos de vários gêneros, com o tempero do seu sistema de armas único e imprevisível.

Eu recomendo o jogo a todos os amantes de jogos de nave, que se divertem voando no espaço, desbravando sistemas e fazendo missões, e também para quem apreciam ARPGs e suas múltiplas vertentes de progressão, bem como o combate frenético.

Se você gostou do conceito, o jogo possui um demo, que te permite visitar os 3 primeiros sistemas em modo single-player, ao máximo de nível 20. O Demo pode ser baixado aqui.

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